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Este blog foi criado essencialmente criado para contar os episódios desta fase da minha vida. Tenho tantos familiares e amigos a quererem saber como descobri que estava doente e como estou no momento presente, que decidi contar tudo aqui, neste espaço, etapa por etapa, dia a dia.

Dias seguintes - 11 de Maio

Hoje parecia ser ser um dia normal de trabalho, mas à hora de almoço lá tivémos conhecimento da nossa saída mais cedo, às 16 horas. Já estava com uma vontade de ir à missa no Terreiro do Paço, mas estava indecisa. Deu-me uma vontade súbita de rezar depois de ter falado com a mãe de um amigo do meu filho mais novo. Como vivem ao nosso lado, telefonei-lhe a pedido do Gonçalo, para ver se o filho estaria disponível para brincar com o meu filho. Do outro lado, do telefone responde-me uma voz entristecida. Ao que perguntei se estava tudo bem, ela começou a choramingar e disse-me que a mãe tinha morrido em Março. Tinha a mesma doença que eu, teve uma recidiva passados 14 anos sobre os primeiros tratamentos. Várias vezes tinha perguntado pela senhora, que eu não conhecia pessoalmente, mas estava longe de imaginar este fim trágico. Da última vez que estive com a filha, fiquei com a sensação que a senhora estava em tratamentos, mas nunca imaginei que estivesse à beira de uma fase terminal da doença. Acho que a própria filha também não suporia. Para mim estas notícias, abalam-me terrivelmente, eu sei que é assim, que pode acontecer, a mim e a qualquer pessoa que tenha tido cancro da mama, mas é muito difícil lidar com esta guerra interminável, cujo número de batalhas não conhecemos à partida, nem o sucesso delas.
Depois desta conversa fui mesmo à missa rezar por todos os que tiveram a doença , em especial pela mãe da Cláudia, que está no céu.
Foi bonita a missa, no fim lá encontrei o meu filho, mais velho que foi com o colégio.

1 comentários:

May Alek disse...

Olá, Isabel!
Sinceramente, não sei o que dizer. Estou vivendo uma fase estranha, como se estivesse anestesiada, sinto nada (e ao mesmo tempo sinto tudo)... Desejo que seu ânimo esteja melhor.
Beijinho

May Alek disse...

Olá, Isabel!
Sinceramente, não sei o que dizer. Estou vivendo uma fase estranha, como se estivesse anestesiada, sinto nada (e ao mesmo tempo sinto tudo)... Desejo que seu ânimo esteja melhor.
Beijinho